Luiz Borges
Atualizado: 3 de nov de 2023
Na prosa de hoje vamos contar a história do alambique Weber Haus, uma das cachaçarias mais diferenciadas do Brasil. No ano de 1924 a família Weber veio da Alemanha e fixou-se nas florestas das encostas da Serra Gaúcha, hoje Ivoti, e iniciou o plantio da batata inglesa para a produção de uma bebida chamada ‘schnaps’. E apenas em 1948, com o plantio da cana-de-açucar e seguindo as tradições históricas, tem inicio a elaboração de cachaça. Vai Assuntando.
A história da família Weber Haus no Brasil tem início em 1824, ano em que migraram da região de Hunsrück, na Alemanha, para a Região Sul do país. Os Weber se fixaram nas florestas das encostas da Serra Gaúcha, hoje Ivoti, mais precisamente em uma pequena parcela de terra, o Lote 48. Inicialmente, a família, ao adquirir terras no então desconhecido Novo Mundo, começou com o plantio da batata inglesa para a produção de uma bebida chamada ‘schnaps’. Apenas em 1848, com o plantio de cana-de-açúcar e seguindo tradições históricas, tem início a elaboração de cachaça com o objetivo de consumo.
O início comercial da Destilaria H. Weber dá-se apenas um século depois do primeiro destilado elaborado. A destilaria foi construída em 1948 e consistia em um engenho movimentado por quatro mulas. Com o tempo, o processo foi se modernizando e o negócio acabou passando de pai para filhos. De geração em geração, a busca pela inovação, qualidade e pureza fizeram com que a família aprimorasse seu know-row e sua destilaria com os mais modernos processos produtivos. Em 2001, entra em operação a marca Weber Haus. A partir de 2004, a empresa inicia a venda fora do mercado regional (de Ivoti, Dois Irmãos e Novo Hamburgo). E já em 2006, conquista sua primeira exportação.
Atualmente, a empresa atua nos mercados nacional e internacional. O principal mercado exportador é o norte-americano. Os produtos estão presentes em 17 estados daquele país. So em 2017, a empresa fechou com três novos países: Estônia, Luxemburgo e Áustria. Outros mercados de atuação são a Inglaterra, Alemanha, China, França, Japão, Itália, Noruega, Suécia, Holanda e Dinamarca. Em território nacional, atua em 23 estados, além do Distrito Federal, com destaque para os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul. Além da constante conquista de novos mercados, em 2014 a empresa adquiriu a marca Velho Pescador, uma das mais tradicionais cachaças de alambique do Rio Grande do Sul. A marca foi adquirida pela Destilaria H. Weber junto com os demais rótulos da legendária Fazenda Maribo, de Osório (RS). Entre elas, destacam-se as cachaças 30 Luas e Santa Martha (Prata e Envelhecida em Grapia), esta última produzida pela primeira destilaria e cachaçaria do Sul do País, de 1928, com o mesmo nome.
Com uma produção anual de 255.000 litros ano, a destilaria está sempre apostando em bebidas de excelência para conquistar os mercados nacional e internacional. Detentora de 120 premiações ao redor do mundo, a Weber está sempre em busca de novos blends e sua produção é estritamente artesanal. Conhecidas como cachaças de alambique, elas se diferenciam das indústrias por uma série de fatores, a começar pela matéria-prima 100% orgânica, onde a cana-de-açúcar é cultivada sem agrotóxico. A destilação acontece em alambiques de cobre de 600 litros de capacidade, com a eliminação das chamadas “cabeça e cauda” da bebida, que são, respectivamente, a primeira e a última parte a saírem, com altas concentrações de álcool e que representam 20% do total destilado.
Antenada com as questões de sustentabilidade, a H. Weber também adquiriu placas solares para a produção própria de energia. A iniciativa aliada a outras medidas tornam a empresa de Ivoti 100% sustentável. Além das placas solares recém instaladas na sede da cachaçaria, todo o resíduo produzido pelo alambique é aproveitado. A partir do bagaço, é feito um composto usado como adubo na plantação da cana-de-açúcar. Outra parte do composto é utilizada na produção do vapor da caldeira responsável pela destilação da cachaça. Já o caldo de cana não utilizado na produção de cachaças é aproveitado nas folhas da planta, também como adubo. A empresa também possui certificação orgânica, que abrange toda a nossa propriedade de 37 hectares
um lugarejo próximo a Dusseldorf (Alemanha) rumo ao Brasil. Chegam em Ivoti, no chamado Lote 48. O sustento vem com a elaboração do schnapps, um destilado à base de batata inglesa.
utiliza o seu conhecimento na elaboração de schnapps para elaborar um destilado feito a partir da cana de açúcar. Uma inovação na época! Pelos próximos cem anos, a família trabalha no refinamento da bebida.
parte de Ivoti em uma carroça de quatro mulas com um barril de cachaça de 500 litros. Em Novo Hamburgo, a bebida é comercializada pela primeira vez. A cachaça cai no gosto dos consumidores, que pedem o reabastecimento semanal.
uma referência à estação do ano preferida dos alemães. O nome, porém, precisava de registro.
os filhos de Hugo e Eugênia - Eliana, Mariane, Edete e Evandro - e suas famílias criam a marca Weber Haus, sinônimo do melhor do Brasil em termo de cachaça de alambique. Mudam embalagens, rótulos e nomes dos produtos.
uma cachaça única, envelhecida 12 anos em barris de bálsamo e carvalho francês. A elaboração do blend contou com a participação de alguns dos principais especialistas em cachaça. São apenas 2 mil garrafas elaboradas em escala de raridade.
e hoje seus produtos podem ser encontrados nos Estados Unidos - seu principal mercado exportador, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Turquia, Canadá, China, França, Japão, Itália, Noruega, Inglaterra e Suécia. Em território nacional, destaque para São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
com novos destilados e também acessórios e vestuário
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