CPV072 - Especial Dia dos Pais
top of page

CPV072 - Especial Dia dos Pais

Na prosa de hoje, quero prestar uma singela homenagem aos pais. Homens de fibra e coragem que enfrentam o dia a dia com o coração cheio de amor pelos seus filhos. E a melhor forma do Cachaça, Prosa & Viola prestar homenagem aos pais, é passeando pelas canções caipiras que retratam a relação entre pais e filhos. Vai Assuntando...

Velho Peão

Amanhece o dia, o caboclo acorda, se senta na cama e se pega lembrando dos tempos passados. Tempos de glória, disposição para o trabalho, independência e até uma beleza jovial que chamava a atenção das moças.

Mas logo vem as lágrimas. Hoje a realidade é outra: viúvo, velho, doente e dependente dos cuidados do filho e da nora...

Essa é a dura realidade de muitos pais desse mundão de meu Deus! E lá em 1968, Zico & Zeca gravaram a moda de viola Velho Peão de autoria de Sulino e Moacyr dos Santos.

Levantei-me um dia cedo sentei na cama chorando Meu velho tempo de peão, nervoso eu fiquei lembrando Senti uma dor no peito igual brasa me queimando Ouvi uma voz lá fora parece que me chamando

Eu tive um pressentimento Que a morte na voz do vento Ali estava me rondando


Eu saí lá pro terreiro, lembrei nas glórias passadas Me vi montado num potro correndo nas invernadas Também vi um lenço acenando de alguém que foi minha amada Que a tempo se despediu pra derradeira morada

Tive um desgosto medonho Ao ver que tudo era um sonho E hoje não sou mais nada


Pobre de quem nesta vida na velhice não pensou Ao me ver velho e doente, um filho me amparou Recebo tanta indireta da nora que não gostou E meu netinho inocente chorando já me falou

A mamãe já deu estrilo Diz que aqui não é asilo Mas eu gosto do senhor, ai


Neste meu rosto cansado, queimado pelo mormaço Duas lágrimas correram, espelho do meu fracasso É o prêmio de quem na vida não quis acertar os passos Abri os olhos muito tarde quando eu já era um bagaço

Vejam só a situação, ai De quem foi o rei dos peão Hoje não pode com o laço


A Deus eu fiz uma prece pedindo pros companheiros Que perdoem todas as faltas deste peão velho estradeiro Quando eu deixar este mundo meu pedido derradeiro Desejo ser enterrado na sombra de um anjiqueiro

Para ouvir de quando em quando As boiadas ali passando E os gritos dos boiadeiros

 

Couro de boi

Você reparou na estrofe em que o Velho Peão narra que ao se ver velho e doente um filho lhe ampara, mas a nora não gostou nada desse gesto? Pois é... Essa estrofe me faz lembrar de outra canção, dessa vez uma TOADA, que narra uma situação semelhante.


Se eu não soubesse que Couro de Boi foi escrita por Teddy Vieira em 1955, 13 anos antes de Velho Peão, diria que a toada é continuação da história. Mas ainda desconfio que A estrofe de Velho Peão, que cita o filho, a nora e o netinho, são uma referência, ou como dizem por aí, um Easter Egg de Couro de Boi, dentro de Velho Peão.


O fato é que as duas canções relatam situações tristes, onde os filhos não dão o apoio necessário aos pais na velhice e na doença. Vale uma Reflexão!


Conheço um velho ditado que é do tempo do zagais,

diz que um pai trata dez filho, dez filho não trata um pai.

Sentindo o tempo dos anos sem pode mais trabalhar,

o velho pião estradeiro com seu filho foi morar,

o rapaz era casado e a muié deu de impricá,

ou se manda o veio embora se não quiser que eu vá,

o rapaz coração duro, com o velhinho foi falar.


Para o senhor se mudar Meu pai eu vim lhe pedir Hoje aqui da minha casa O senhor tem que sair

Pegue esse coro de boi Que eu acabei de curtir Pra lhe servir de coberta Aonde o senhor dormir


O pobre veio calado Pegou o coro e saiu Seu neto de 8 anos Que aquela cena assistiu Correu atras do avo Seu paleto sacudiu Metade daquele couro Chorando ele pediu


O velhinho comovido Pra não ver o neto chorando Partiu o couro no meio E pro netinho foi dando

O menino chegou em casa Seu pai foi lhe perguntando Pra que você quer esse couro Que seu avô ia levando


Disse o menino ao pai Um dia vou me casar O senhor vai ficar velho E comigo vem morar Pode ser que aconteça De nós não se combinar Essa metade de couro Vou dar pro senhor levar.

 

Filho Adotivo

Puxando o gancho do ditado do tempo do zagais, que diz que um pai trata dez filhos, dez filhos não tratam de um pai, tem situações em o trato necessário na velhice, vêm de quem a gente menos espera. Assunta só essa canção, escrita por Arthur Frederico Moreira e Sebastião Ferreira da Silva, na voz de Sérgio Reis.

Com sacrifício Eu criei meus sete filhos Do meu sangue eram seis E um peguei com quase um mês

Fui viajante Fui roceiro, fui andante E pra alimentar meus filhos Não comi pra mais de vez


Sete crianças Sete bocas inocentes Muito pobres mas contentes Não deixei nada faltar Foram crescendo Foi ficando mais difícil Trabalhei de sol a sol Mas eles tinham que estudar


Meu sofrimento Ah! Meu Deus, valeu a pena Quantas lágrimas chorei Mas tudo foi com muito amor Sete diplomas Sendo seis muito importantes Que as custas de uma enxada Conseguiram ser doutor


Hoje estou velho Meus cabelos branqueados O meu corpo está surrado Minhas mãos nem mexem mais Uso bengala Sei que dou muito trabalho Sei que às vezes atrapalho Meus filhos até demais


Passou o tempo E eu fiquei muito doente Hoje vivo num asilo E só um filho vem me ver Esse meu filho Coitadinho muito honesto Vive apenas do trabalho Que arranjou para viver


Mas Deus é grande Vai ouvir as minhas preces Esse meu filho querido Vai vencer, eu sei que vai Faz muito tempo Que não vejo os outros filhos Sei que eles estão bem E não precisam mais do pai


Um belo dia Me sentindo abandonado Ouvi uma voz bem do meu lado Pai eu vim pra te buscar Arrume as malas Vem comigo pois venci Comprei casa e tenho esposa E o seu neto vai chegar


De alegria eu chorei E olhei pro céu Obrigado, meu Senhor A recompensa já chegou Meu Deus proteja Os meus seis filhos queridos Mas foi meu filho adotivo Que a este velho amparou

 

João Ninguém

E quando se é pai de menina e a menina vira mulher e chega a hora de casar... aí vem aquela velha frase: Eu não perdi uma filha, eu ganhei um filho! Complicado pro pai, é quando a filha querida casa com um João Ninguém. Será?

Essa canção é uma lapada nas vozes de Belmonte & Amaraí e foi escrita por Belmonte;

Peço licença pra contar a minha história E por isso solicito um momento de atenção Fiquei viúvo com seis anos de casado Com três filhas pequeninas precisando proteção Faz muito tempo que se deu então comigo Até hoje quando lembro o meu pranto ainda cai Eu lutei tanto pra criar as minhas filhas Sofri muito mas cumpri o papel de mãe e pai.


Passou um tempo e a minha filha mais velha Se uniu a um moço rico de elevada posição Dali um ano a minha filha do meio Também se casou com outro muito bem de situação O mesmo fato não se deu com a mais nova Arrumou um operário desses que marca cartão Pobre menina iludida por amor A um pobre João Ninguém entregou seu coração.


Passou um tempo e eu estava tão doente Fiquei mais desesperado quando me disse o doutor É necessário uma operação urgente no contrario Só um milagre salva a vida do senhor Fui procurar as minhas duas filhas ricas Mas sem ordem dos maridos não quiseram me atender Pra filha nova eu me fui pedir sua ajuda O marido da coitada mal fazia pra comer


Mas a caçula soube tudo e como louca Foi à firma e ao marido explicou a situação Na mesma hora ele procurou seu chefe E o dinheiro adiantado conseguiu com o patrão Fui internado operado e bem cuidado Levei alta estou em casa vou passando muito bem Não guardo magoa de nenhum dos genros ricos Mas eu devo a minha vida ao meu genro João Ninguém.

 

Prato do dia

E por falar em ser pai de menina, tem situações em que a gente precisa usar métodos drásticos pra proteger as nossas filhas de uns cabras sem vergonha que aparecem por volta e meia... Assunta só a atitude desse pai, relatada na Querumana Prato do Dia, de autoria do saudoso Geraldinho, nas vozes de Tião Carreiro & Paraíso.

Sobre às margens de uma estrada, uma simples pensão existia A comida era tipo caseira e frango caipira era o prato do dia Proprietário, homem de respeito, ali trabalhava com sua família Cozinheira era sua esposa e a garçonete era uma das filhas


Foi chegando naquela pensão, um viajante já fora de hora Foi dizendo para a garçonete: Me traga um frango, vou jantar agora Eu estou bastante atrasado, terminando eu já vou embora Ela então respondeu num sorriso: Mamãe tá de pé, pode crer, não demora


Quando ela foi servir a mesa, delicada e com muito bom jeito Me desculpe, mas trouxe uma franga, talvez não esteja cozida direito O viajante foi lhe respondendo: Pra mim franga crua talvez eu aceito Sendo uma igual a você, seja à qualquer hora também não enjeito


Foi saindo de cabeça baixa, pra queixar ao seu pai a mocinha Minha filha, mate outra franga, pode temperar, porém não cozinha Vou levar esta franga na mesa, se bem que comigo a conversa é curtinha É a coisa que mais eu detesto, ver homem barbado fazendo gracinha


Foi chegando o velho e dizendo: Vim trazer o pedido que fez Quando o cara tentou recusar já se viu na mira de um Schimidt inglês O negócio foi limpar o prato quando o proprietário lhe disse cortês Nós estamos de portas abertas pra servir à moda que pede o freguês

 

Eu e meu pai

Tem muitos filhos que reconhecem o esforço e a luta do pai para formá-lo. Estudam, conseguem boas colocações profissionais e querem retribuir, tirando o pai da roça e levando o pro conforto (entre aspas) da cidade. Mas o que é conforto e vida boa para o filho, nem sempre é para o pai, que vê nas coisas simples e na lida diária, um motivo pra viver. É o que conta a canção Eu e Meu Pai, de Vicente Costa e Cleide Ramires Da Costa, nas vozes de Cézar e Paulinho.

Olha lá o meu pai,

com as mãos calejadas Perdendo seu resto de vida,

no cabo da enxada Eu não queria que fosse assim Pra mim seria tudo diferente Queria ter meu pai na cidade Morando alegre junto da gente


De que vale ter diploma Ter conforto ter de tudo Se não posso ter em casa Aquele que me pôs no mundo

Estudei por tantos anos Para tirá-lo daqui Meu esforço foi em vão Porque ele não quer ir


Quando é de madrugada

e o dia vem chegando Ele escuta seu despertador

no puleiro cantando Ele chama seu melhor amigo Que sai latindo e correndo na frente E vem pro trabalho pesado Aqui debaixo deste sol ardente


Nesse carro eu me vejo

bem vestido e perfumado Sofro tanto vendo ele

de suor todo molhado Olha a condução do velho

lá na corda amarrada Olha a geladeira dele

lá na sombra encostada


Quando é de tardezinha

vai pra sua casinha Comer seu feijão com arroz,

feito no fogão à lenha E na sua poltrona de anjico

ele vai sentar comovido E na tela maior do mundo Ele contempla seu filme preferido


Na televisão do velho

não tem filmes de bandidos Não tem filmes policiais

e nem filmes proibidos No canal do infinito

sua TV é ligada Só aparecem as estrelas

e a lua prateada


Olha lá o meu pai...

 

Sonho de Pai

Ainda nessa temática do pai que trabalha de sol a sol pra criar, educar e formar os filhos, temos o exemplo do filho que vai pra cidade, estuda, se forma, mas volta pra casa, com o conhecimento adquirido, pra ajudar o pai na lida diária. É o que cantam Vanderley e Valtecy, no cateretê Sonho de Pai, de autoria de Armindo Nogueira e Vanderley.

Meu pai tinha um sonho me tirar do pesado E me ver formado em agronomia Eu vim pra bem longe lá eu deixei tudo Enfrentar os estudos no meu dia a dia Sou filho único sou muito querido Meu pai tem sofrido longe de mim Mas muito em breve eu deixo a cidade E nesta saudade eu vou dar um fim

Sai lá da roça e vim pra cidade Mas sinto saudade de onde eu nasci Saudade da casa e da velha paineira Fiel companheira que eu nunca esqueci

Eu sei que hoje tá tudo mudado De capim formado de braquiarão Lavoura de milho de arroz e feijão Plantio de soja que cobrem o chão Meu pai tô voltando com o diploma na mão Pra cuidar desse chão que um dia deixei Eu tenho esperança e muita certeza Preservar a natureza que eu sempre adorei

 

Filho Pródigo

Imagina só o desgosto de um pai que viveu e cuidou de sua família e, agora ouve o próprio filho pedir a sua parte da herança pra se aventurar mundo afora, atrás de um rabo de saia, mesmo com tudo o que tinha ao seu redor. Essa história já é conhecida e a gente até sabe o final... mas bom mesmo é ouvi-la nas vozes de Junio e Julio.

Eu tinha bom gado de corte Eu tinha bom gado leiteiro Eu tinha um cavalo baio E um abundante celeiro Eu era muito respeitado Eu fui campeão de rodeio E por todas as redondezas Queriam ouvir meus ponteios

Por causa de um par de olhos Azuis claros como o luar... Ai ai ai Eu disse meu pai vou embora Eu vou procurar... Sem ela eu não posso ficar


Andei lado a lado com a morte Por este mundo a vagar Eu que era amigo da sorte Fui companheiro do azar

Então me tornei vagabundo A dor e a fome chegou Comi maltrapilho e imundo O pão que o diabo amassou

Depois de muitas andanças Encontrei-me com ela num bar... Ai ai ai Sorrindo e bebendo com outro Naquele lugar... Decidi que eu ia voltar


Ao longo caminho da volta A vergonha e a solidão Sem saber se seria bem vindo Por meus pais e também meus irmãos

Ao longe avistei minha casa Bateu forte o meu coração O pranto escorreu em meu rosto Molhando a poeira do chão

Meu pai com seus braços abertos Disse meu filho voltou... Ai ai ai Três dias, três noites de festa O sino tocou... Anunciando que a paz, retornou

 

Meu Velho Pai

É muito consolador para um pai, poder contar com o amor e o carinho do filho. Na velhice, muitas vezes, ocorre uma inversão de papeis. O filho que foi cuidado pelo pai quando era criança, agora retribui este gesto cuidando de seu pai na velhice. Assunta só essa declaração de amor de um filho para o seu pai, na canção Meu Velho Pai, de Léo Canhoto & Robertinho.

Meu velho pai, preste atenção no que eu lhe digo Meu pobre papai querido, enxugue as lágrimas do rosto Porque, papai, que você chora tão sozinho? Me conta, meu papaizinho, o que lhe causa desgosto

Estou notando que você está cansado Meu pobre velho adorado, é seu filho que está falando Quero saber qual é a tristeza que existe Não quero ver você triste, por que é que está chorando?

Quando lhe vejo, tão tristonho desse jeito Sinto estremecer meu peito ao pulsar meu coração Meu pobre pai, você sofreu pra me criar Agora eu vou lhe cuidar, essa é minha obrigação

Não tenha medo, meu velhinho adorado Estarei sempre a seu lado, não lhe deixarei jamais Eu sou o sangue do seu sangue, papaizinho Não vou lhe deixar sozinho, não tenha medo, meu pai

Você sofreu quando eu era ainda criança A sua grande esperança era me ver homem formado Eu fiquei grande, estou seguindo o meu caminho E você ficou velhinho, mas estou sempre a seu lado

Meu pobre pai, seus passos longos silenciaram Seus cabelos branquearam, seu olhar se escureceu A sua voz quase que não se ouve mais Não tenha medo, meu pai, quem cuida de você sou eu

Meu papaizinho, não precisa mais chorar Saibas que não vou deixar você sozinho, abandonado Eu sou seu guia, sou seu tempo, sou seus passos Sou sua luz e sou seus braços, sou seu filho idolatrado

 

Meu Pai

E você aí que é filho e tem o privilégio de ter seu pai por perto, aproveite-o ao máximo! Mas se, infelizmente, isso não é possível, procure guardar em seu coração os melhores momentos vividos juntos. Eu, por exemplo, jamais esqueço as palavras e os gestos do meu saudoso pai, que tanto me ajudou a ser quem hoje sou.


Meu compadre, parabéns para você que embarcou sem medos ou dúvidas nesta grande e divina aventura que é ser pai! Assistir ao crescimento, à evolução, de um filho através da vida é sem comparação a melhor recompensa da paternidade. Desfrute plenamente dessa dádiva!


E assim, ao som de Meu Pai, uma moda de viola escrita por Tião do Carro e Pagodinho, cantada nas vozes de Mayck & Lyan, hoje eu quero lhe desejar um feliz dia dos pais!

Cansado da luta e dos trancos da vida, saudade doída bateu pra valer. Lembrei do meu pai lá no sítio nosso, meu velho eu não posso ficar sem te ver.


Cheguei bem cedinho na cerca de arame, eu vi um exame de abelha subir. No velho mourão do chão estradeiro, exalava o cheiro de mel jataí. Batendo o orvalho da alta pastagem, eu criei coragem pro rancho eu desci. Gritei no terreiro ninguém na palhoça, no eito da roça meu velho eu vi.


Seguindo o acero fui subindo o trilho, na roça de milho entrei devagar. O sol nessa hora mostrava seu brilho, meu pai é teu filho eu vim te abraçar. O velho tirou da cabeça o chapéu, e olhando pro céu pegou a chorar. Dizendo meu filho que roupa limpinha, não rele na minha pra não se sujar


Do peito do velho o suor corria, até parecia mina da biquinha. Meu filho a água ta no arvoredo, eu trouxe hoje cedo a porunga cheinha. Até meu almoço já está preparado, está pendurado no galho da arvinha. Eu fiz hoje cedo de madrugadão, arroz e feijão, jabá com farinha.


Por suas palavras eu já decifrei, e nem perguntei mamãe onde está. Na roupa do velho, guaxuma miúda, e as mãos cascudas que nem jatobá. E ele me disse ali nessa hora, você vai embora onde vai pousar? Papai já vou indo não se aborreça, antes que anoiteça eu preciso voltar.


Eu beijei o rosto do meu pai amado, entrei no roçado sultão foi atrás. Eu também saí chorando escondido, meu velho querido eu te amo demais.

 

Gostou do conteúdo? Então Curta, Comente e Compartilhe. Ajude a esparramar Cachaça, Prosa & Viola por esse mundão de meu Deus.


Posts recentes

Ver tudo
bottom of page